Não seria justo começar esse blog sem antes explicar o porquê de sua existência. Acredito que todos devem conhecer a célebre lei de Murphy: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”. Como é de constume do brasileiro, poucos sabem como surgiu a tal lei e muito menos em que se baseou. Bem, mas um pouco de história não faz mal a ninguém.
A primeira Lei de Murphy diz que: "Se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará." Era, então, um princípio de design defensivo. Por exemplo, não faça uma ficha de dois pinos simétricos e ponha o rótulo "Este lado para cima"; se realmente importa o lado pelo qual ela deve ser ligada, então você deve criar um design assimétrico para que ele não possa ser ligado erroneamente.
Edward A. Murphy era um dos engenheiros envolvidos nos testes sobre os efeitos da desaceleração rápida em piloto de aeronaves. Para poder fazer essa medição, construiu um equipamento que registrava os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos. O aparelho foi instalado por um técnico, mas simplesmente ocorreu uma pane, com isso Murphy foi chamado para consertar o equipamento, descobriu que a instalação estava toda errada, daí formulou a sua lei que dizia: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”.
Em alguns meses a Lei de Murphy tinha se espalhado por várias culturas ligadas à engenharia aeroespacial e, muitas variações da lei foram criadas pela imaginação popular. A maioria dessas modificações são do tipo "Se alguma coisa puder dar errado ela vai dar errado e da PIOR maneira possível", ou "O pão sempre cai com o lado da manteiga para baixo". Algumas vezes é chamada de lei da trapaça.
Essa lei tem guiado pessoas do mundo todo, tendo em vista que qualquer infortúnio é atribuído a tal relação de causa efeito e nunca a incompetência ou falta de planejamento de quem executou a fatídica tarefa. Sendo assim, as pessoas buscam explicações em "ditados populares", se pudermos chamar assim, não só para a sua vida mas para a maneira como a sociedade vem sendo guiada.
Quando falo na Lei de Murphy procuro utilizá-la apenas como uma demonostração para entendermos a forma como guiamos as nossas vidas. Para tudo que fazemos de errado existe uma desculpa, uma justificativa. Porém, na maioria das vezes, sem nenhum cabimento. Quer dizer, se faltei a aula hoje era porque estava cansado, se ofendi um colega de trabalho foi porque o trabalho me estressa muito, se matei alguém após uma discussão no trânsito foi porque ele chamou minha mãe de vadia. Entendem? Desculpas como essas estão por aí, a todo momento, mais são justificativas?
Não sei bem o quero ao começar esse blog, já comecei a escrever outros mas ainda não consegui expressar o que realmente sempre quis. Nem eu mesmo sei o que foi que eu sempre quis. Talvez fosse expressar minha revolta com tudo de artificial a minha volta.
